Plágio Nosferatu: a batalha judicial e os bastidores do clássico de terror

Em 1922, estreava Nosferatu, eine Symphonie des Grauens (Nosferatu, uma Sinfonia do Horror), um filme de terror alemão que marcaria a história do cinema. A produção, porém, carrega consigo a sombra do plágio Nosferatu, baseado no romance Drácula, de Bram Stoker, sem autorização. A viúva de Stoker, Florence, lutou pelos direitos autorais, vencendo o processo.
A produção não autorizada e o plágio Nosferatu
Praticamente um remake não oficial, Nosferatu sofreu inúmeras alterações em relação à obra original para tentar escapar dos direitos autorais. Nomes de personagens foram trocados, como Conde Orlok no lugar de Conde Drácula, e a transilvânia tornou-se Bremen. Apesar das mudanças, a essência da história de Bram Stoker permaneceu.
O diretor Friedrich Murnau e o roteirista Henrik Galeen contaram com o apoio da Prana-Film, uma produtora mística interessada em ocultismo e temas sobrenaturais. A empresa, no entanto, faliu logo após o lançamento do filme, dificultando a defesa no processo judicial movido por Florence Stoker.
As consequências do plágio Nosferatu
A justiça determinou que todas as cópias de Nosferatu fossem destruídas. Felizmente, algumas sobreviveram, permitindo que o filme se tornasse um clássico do cinema expressionista alemão e influenciando gerações de cineastas. O plágio Nosferatu, apesar das controvérsias, imortalizou a obra de Murnau. Hoje, Nosferatu é considerado uma obra-prima do terror.
A história do plágio Nosferatu serve como um lembrete sobre a importância dos direitos autorais e o respeito à propriedade intelectual. Apesar da tentativa de se esquivar das leis, a viúva de Stoker prevaleceu. Ainda assim, a obra de Murnau, mesmo marcada pela polêmica, conquistou seu lugar na história do cinema.