Como Caronte, a Lua de Plutão, pode ter se formado após uma dança cósmica?

Lua de Plutão

Um estudo recente sugere uma nova teoria sobre a formação da Lua de Plutão, Caronte. Cientistas acreditam que ela pode ter sido capturada após uma colisão entre Plutão e outro corpo celeste. Essa colisão teria ejetado material que, posteriormente, se aglutinou para formar Caronte e as outras pequenas luas do sistema.

Formação da Lua de Plutão: Uma Nova Teoria

A hipótese tradicional afirmava que Caronte surgiu de um impacto gigante, similar ao que se acredita ter formado a Lua da Terra. Porém, novas simulações computacionais indicam um cenário diferente para a Lua de Plutão. O estudo, publicado no The Astrophysical Journal, propõe que Plutão se chocou com outro objeto do cinturão de Kuiper, mas ambos sobreviveram à colisão. A colisão liberou uma nuvem de poeira e gelo que permaneceu orbitando Plutão. Gradualmente, esse material teria se condensado, formando Caronte e as outras luas menores.

Os pesquisadores utilizaram um modelo computacional de última geração, que permitiu simular com detalhes a física da colisão. Eles descobriram que existe a possibilidade do material ejetado ficar preso na órbita de Plutão, em vez de se dissipar como se pensava anteriormente. Isso explicaria como a Lua de Plutão, Caronte, se formou e também daria conta da existência das luas menores, como Hidra, Nix, Cérbero e Estige. Elas são pequenas e têm órbitas peculiares, o que sugere uma formação mais complexa.

Os resultados das simulações também sugerem que a colisão que formou a Lua de Plutão foi mais “suave”, ou seja, um “beijo” e uma “dança” conforme afirmam os cientistas. Isso contrasta com a teoria do grande impacto, que pressupõe uma colisão muito mais violenta.

Via Folha de S.Paulo